Nunca fui tão louca quanto meus amigos pensavam que eu era. Mas fazia questão de conviver com a loucura de perto, só pra saber que sabor ela tinha.
Sempre curti andar na beira do abismo, sentir o vento que sobe de lá... um falso instinto auto-destrutivo, uma falsa pinta de suicida.
Eu nunca fui tão louca a ponto de rasgar meus documentos, ou minhas melhores recordações. Aloprei bastante meu cérebro, mas não cheguei a jogá-lo no lixo da cozinha, nem o guardei num pote de picles. Ele ainda me ajuda, “na medida do impossível”.
Feri bastante meu coração, ou deixei q o ferissem pacas... já “recolei” seus caquinhos tantas vezes q até perdi a conta... meu coração sempre foi bobo, nunca me ajudou, pelo contrário: só me bota em fria!
Eu precisava parecer maluca, pq nesse mundo nada é normal. A realidade pra mim sempre foi uma distorção da percepção. Eu precisava ser deslocada, “num mundo onde a verdade é o avesso”, quebrar regras desse sistema falido, rir da cara de alguém q se achava o máximo... eu precisava!
O mundo que vejo agora é outro, e ele ta acima das nossas cabeças. Nesse mundo eu nunca serei o bastante, nunca serei o suficiente, mas eu gosto dele assim. Ele não é como este. Lá a verdade é uma só e o bem predomina. A lei é uma só e é a evolução que prevalece, a justiça é a simples ação e reação. Eu gosto desse mundo, eu quero ir pra lá.
É tudo muito simples, mas a simplicidade, ao que me parece, é o mais complicado, simplesmente pq não aprendemos ainda a descomplicar, a enxergar as coisas como elas realmente são.
A Fé, o Amor, o Conhecimento, a Justiça, a Lei, a Evolução e a Geração... o princípio de tudo também deve promover o andamento, e é em si a própria resposta, pra toda e qualquer pergunta...
Mas ainda há muito o que crescer, é preciso caminhar!