Invernáculo

Esta língua não é minha,
qualquer um percebe.
Quem sabe maldigo mentiras,
vai ver que só minto verdades.
Assim me falo, eu, mínima,
quem sabe, eu sinto, mal sabe.
Esta não é minha língua.
A língua que eu falo trava
uma canção longínqua,
a voz, além, nem palavra.
O dialeto que se usa
à margem esquerda da frase,
eis a fala que me lusa,
eu, meio, eu dentro, eu, quase.

(Paulo Leminski)

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Alma irmã

Às vezes não dá pra entender como eu quero bem... Como eu quero tão bem.
Nem eu compreendo.
Mas vem de dentro, vem lá do fundo e sim, eu sei q é sincero. Vc também sabe.
Há um calor que aquece nossas palavras e nos garante essa credibilidade. Não sei explicar. Mesmo sem os 'olhos nos olhos', mesmo sem ouvirmos nossas vozes, mesmo sem a linguagem do nosso corpo... Há algo que brilha, que mostra q isso tudo é de verdade.
Que vcs sejam muito felizes, que vcs se bastem, se completem, se compreendam... Que haja amor e uma felicidade obscena! que aquela alegria absurda preencha o silencio que houver entre vocês.
Da eterna alma irmã.

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