Invernáculo

Esta língua não é minha,
qualquer um percebe.
Quem sabe maldigo mentiras,
vai ver que só minto verdades.
Assim me falo, eu, mínima,
quem sabe, eu sinto, mal sabe.
Esta não é minha língua.
A língua que eu falo trava
uma canção longínqua,
a voz, além, nem palavra.
O dialeto que se usa
à margem esquerda da frase,
eis a fala que me lusa,
eu, meio, eu dentro, eu, quase.

(Paulo Leminski)

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Chuva...

Queria ser essa chuva, Nesse fim de tarde... Essa nuvem quase clara Varrendo os telhados das casas... Chuva molhada, Mas não tão pesada, Chuva fresca e leve Que me leve, Que me lave...

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