Desisto dos meus nervos
Meus músculos
entregues
Estão
arrastando no chão...
Meu
cérebro foi parar no estômago
Minha
barriga está inchada como um balão...
Desisto
dos meus pés cansados
Eles não
agüentam mais andar
Minhas
pernas perderam o rumo
Não mais
me levam
A nenhum
lugar...
Meus
olhos cansaram
De ter
lágrimas como pálpebras
E
pálpebras pesadas de tristeza e solidão
Minha
boca perdeu o verbo
De tanto
repetir teu nome
Meu
sorriso se foi
Como quem
tivesse perdido a dentadura
Meus
ouvidos não registram mais nada
Do que
eu deveria ouvir
Alheia e
morta
Dentro
de um saco de ossos
Pretensamente
vivo...
Isso não
é vida
Meu
coração dissolveu
Dói o
buraco que ficou...
É a
única dor q realmente dói
E
ninguém, ninguém no mundo pode ver
Ninguém,
exceto você
Poderia
curar...
Meu
espelho embaçou
Se
recusa a me deixar mais triste
Em
refletir o que sobrou de mim no chão...
Então,
tenha um bom dia
Só
liguei pra saber como você está...
Eu
continuo aqui
Morrendo
sem você voltar
Definhando
de uma saudade
Sem jeito
Sendo
engolida por um buraco negro
No peito
Desaparecendo
de ciúme e
Despeito
Seja
feliz como você escolheu,
Eu
respeito
Os
restos de amor que me atira
Eu
rejeito
Chega de
morfina
Chega de
mentira
Quero
abraçar minha lápide meu travesseiro
E ser
esquecida como a grama
Que você
adora pisar.
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